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terça-feira, 20 de setembro de 2011

Réplica de navio será reformada


O Parque Centenário, em César de Souza, apontado em pesquisa publicada em O Diário neste domingo como o melhor lugar de Mogi, fará a reforma da réplica do navio Kasato Maru ainda nesta semana. Apesar das citações favoráveis, a falta de manutenção no espaço público foi alvo de críticas. A reportagem esteve ontem no local.
De acordo com a gestora do Parque, Lucila Manzatti, os buracos no casco da réplica foram causados pela ação do tempo. "Ele nunca foi reformado, mas agora fizemos uma aquisição de materiais junto com a Secretaria de Serviços Urbanos e os trabalhos já começam até o final da semana", garante. Neste primeiro momento, a reforma deve abranger apenas a base do navio, que é a parte pintada em vermelho. A madeira será substituída por um tipo mais resistente às ações do tempo.
Os objetos que ficaram no local que, inicialmente, foi planejado para abrigar um museu, tiveram de ser transferidos a um dos outros dois acervos do Parque, o Memorial Taro Konno, que agora abriga as peças históricas do cotidiano da colônia e as fotografias que ficavam na réplica do navio. O acervo permaneceu fechado por algum tempo, mas foi reaberto em agosto. "Antes tínhamos apenas um funcionário para cuidar dos três museus. Mas agora temos três pessoas, trabalhando nos outros dois acervos", destaca.
O segundo museu do Parque é o das cidades Seki e Toyama, que ficam no Japão e são consideradas irmãs de Mogi desde 1969 e 1979. O espaço abriga uma série de presentes enviados por representantes destas duas localidades. Uma outra mudança no projeto é que as exposições, que deveriam acontecer em sistema de rodízio, agora são permanentes.
A questão levantada pelo psicólogo Gabriel Tarragô, um dos entrevistados, evidencia alguns problemas do local. "É mal projetado, foi mal executado, tem um péssimo acabamento, faltam árvores e não vejo beleza natural. A réplica do navio é a coisa mais horrorosa que já vi na vida. Para mim, o Parque é completamente artificial", fala.
A ausência de sombras também foi destacada como ponto negativo do Centenário. "Não dá para agradar a todos. Tem gente que acha que não deveríamos plantar para não cobrir a paisagem", diz a gestora. Ela explica que, em junho, algumas escolas da Região foram ao local para um projeto de plantio de mudas. "Para não desagradar a todos, usamos critérios técnicos para a escolha dos locais. Priorizamos espécies de rápido crescimento, como aroeira, quaresmeira e manacá da serra. Em 5 anos, teremos bastante árvores por aqui", diz.
Outro problema relatado pelos mogianos são as enchentes que atingem o local em períodos de fortes chuvas. Para Lucila, os alagamentos são naturais. "O Parque fica em uma área de várzea, que por definição é um terreno que periodicamente alaga. Quando acontece, é natural e dura pouco tempo. A gente precisa saber respeitar isso", diz. Ela também fala que, no ano passado, foi instalado um sistema de drenagem com tubulações para diminuir o problema.
No local
A réplica do Kasato Maru lembra uma construção abandonada. Na frente do navio há buracos que permitem ao visitante observar uma espécie de depósito que está instalada em seu interior. A parte traseira também está bastante deteriorada. É possível encontrar algum lixo no solo do Parque, mas a impressão compartilhada pelos visitantes é de um local bem cuidado.
O bacharel em Direito Antonio Flavio dos Santos, de 51 anos, diz que vai ao Centenário pelo menos três vezes por semana. "Concordo que aqui seja o melhor lugar de Mogi", diz. Para ele, o único problema é a falta de uma sala de jogos. "Mesmo o buraco no navio não atrapalha ninguém", fala.
A médica Raquel do Amaral Brito, de 37 anos, estava com a mãe e os dois filhos. "A gente vem aqui sempre que pode. Gostamos muito deste lugar e até agora não vi nada de negativo", diz. Ela morou durante alguns anos na fronteira do México com os Estados Unidos e diz que o Parque é um dos mais bonitos que conhece.
O Centenário, que recebe cerca de 20 mil visitantes mensais, fica aberto todos os dias, das 6 às 18 horas. Mais informações pelo telefone 4739-2345.

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