Sacolinhas. ela é a verdadeira culpada?

 assunto do momento é sustentabilidade, reciclagem e preservação. O homem nunca teve o menor cuidado com o meio-ambiente e nunca demontrou muita preocupação com isso, mas parece que agora a moda é ser amigo do verde.

E foi pensando em sustentabilidade e responsabilidade social que várias cidades já aprovaram a lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas em todo tipo de estabelecimento comercial.

Mas enquanto alguns acharam a medida mais do que necessária e totalmente justa, outros parece que não gostaram muito da notícia. No estado de São Paulo teve até mesmo protestos nas ruas contra a lei.

Pausa para história:

Moro em Indaiatuba, no interior de São Paulo, e aqui alguns supermercados já estão colocando a lei em prática. Uma semana após o início da lei, fui a um destes supermercados, devidamente munida de carrinho e ecobags. Ao passar pelo caixa, o atendente era aprendiz e tinha uma outra garota atrás dele, que já trabalha lá há mais tempo, e estava ensinando o serviço.

Ela o cutucou e disse:
“- Avisa da sacola!”.
O menino, todo acanhado, virou-se pra mim e disse: “- A senhora está sabendo que não estamos mais distribuindo sacolas?”

Eu disse que sabia e que meu marido tinha ido no carro buscar o carrinho.

Querendo quebrar o clima tenso dos atendentes, perguntei: “- Estão brigando muito com vocês por causa disso?”

Eis que a atendente, com lágrimas no olhos, me diz: “- Estamos sendo até agredidos. Um homem hoje me chamou de filha da puta e a nossa fiscal precisou fazer um Boletim de Ocorrência na delegacia porque uma mulher deu um tapa na cara de uma das caixas”

WHAT?

Neurose tem limite.

Não vou falar em qual supermercado foi o ocorrido, mas me chocou ainda mais por ser um supermercado frequentado em sua maioria por pessoas de classe média-alta. Prefiro avisar, antes que alguém fale que isso é atitude de pobre gente diferenciada que adora um barraco.

Eu diria que é o cúmulo da TPM agredir uma atendente de supermercado porque entrou em vigor uma lei que proíbe a distribuição de sacolas plásticas. Mas levando em consideração que a atendente relatou o desequilibrio também de um cliente do sexo masculino, percebo que o problema está na falta de educação das pessoas.

Sobre a lei

E é por isso que sou totalmente a favor dessa lei.

Concordo que é um absurdo o supermercado repassar o valor de R$ 0,20 por sacola, caso o cliente esqueça de levar sacola retornável. Poderiam maneirar nesse valor. Mas que passou da hora de educar a população e concientizar em relação a sustentabilidade, disso não tenho dúvidas.

Minha esperança é que a próxima geração já cresça aprendendo a importância da reciclagem e da preservação.